

PSG enfrenta Tottenham pelo título da Supercopa da Uefa
Após conquistar a Liga dos Campeões, o Paris Saint-Germain não quer dividir os holofotes com o Tottenham, o campeão da Liga Europa que o desafiará nesta quarta-feira (13), em Udine, pela Supercopa da Uefa, um título menor mas que confere prestígio ao vencedor.
Todos os grandes clubes do continente têm a Supercopa em sua galeria de troféus: Real Madrid (recordista com seis títulos), Barcelona, Milan, Liverpool, Bayern de Munique, Ajax, Juventus e Manchester United.
O ambicioso campeão francês quer repetir o feito do Manchester City, o outro "novo rico" do futebol europeu, que se sagrou 'supercampeão' em 2023.
O PSG já disputou a Supercopa, que tradicionalmente dá início à temporada europeia, em 1996, então como campeão da Recopa. No entanto, o time que era liderado em campo pelo brasileiro Raí acabou sendo goleado por 6 a 1 pela Juventus, que tinha medalhões como Zidane, Del Piero e Didier Deschamps.
- Uma equipe dominante -
"Estamos apenas no começo, nos primeiros passos de uma equipe que quer ser dominante" na Europa, declarou Luis Enrique em junho, relembrando supremacias passadas como a do Real Madrid na década de 1960 ou, mais recentemente, sob o comando do técnico Zinedine Zidane, o Barcelona de Guardiola e Messi, o Milan de Arrigo Sacchi e o Ajax de Johan Cruyff.
Mas exercer poder absoluto no futebol atual é muito complicado, como o Chelsea fez questão de lembrar ao PSG ao vencer o time francês por 3 a 0 na final da Copa do Mundo de Clubes em julho passado.
Essa derrota "é boa para nós às vésperas da próxima temporada, para permanecermos humildes", disse o presidente parisiense, Nasser al-Khelaifi, após perder o título mundial.
O objetivo é compatível com a ambição do PSG e de Luis Enrique, que sabe que um título logo no início pode ser a melhor motivação para seus jogadores antes da nova temporada.
Após o sucesso da temporada passada, Luis Enrique mantém a espinha dorsal da equipe com dois reforços: o goleiro Lucas Chevalier, que pode estrear na quarta-feira, e o zagueiro ucraniano Illia Zabarnyi, cuja contratação foi oficializada nesta terça-feira, mas que não foi relacionado.
- Chevalier por Donnarumma -
A chegada do goleiro dos 'Bleus' significa a saída quase certa do italiano Gianluigi Donnarumma, que foi um dos destaques do título europeu e ficou de fora da convocação de Luis Enrique para a viagem à Itália.
O restante do elenco não mudará muito em comparação com o time que dominou a temporada passada.
Sem chegar a ter o porte extravagante de outros gigantes do futebol inglês, o Tottenham gastou cerca de US$ 170 milhões (aproximadamente R$ 1 bilhão pela cotação atual) para esquecer a desastrosa temporada passada, na qual o Tottenham terminou em 17º lugar na Premier League, a última acima das três posições de rebaixamento.
A vitória na Liga Europa, o primeiro título dos londrinos desde a Copa da Liga inglesa em 2008, foi a única alegria para o 'Spurs', que graças a ela disputará a Supercopa e a próxima Liga dos Campeões.
- Mudança de comando no Tottenham -
Esse título não impediu a saída do técnico australiano Ange Postecoglou, substituído pelo dinamarquês Thomas Frank, que havia liderado o modesto Brentford à Premier League em 2021 e mantido o time na primeira divisão desde então.
A saída de Harry Kane para Munique no verão de 2024 se juntou à recente despedida do sul-coreano Son Heung-min, outro jogador-chave do Spurs na última década.
O atacante ganês Mohammed Kudus é a grande aposta do Spurs para a nova temporada e, juntamente com Mathys Tel, Kevin Danso, Luka Vuskovic, Kota Takai e João Palhinha, tentarão revitalizar uma equipe agora liderada por estrelas sul-americanas como Rodrigo Bentancur, Richarlison e Cristian Romero.
Uma vitória contra o PSG daria ao 'Spurs' um importante impulso para a nova temporada.
L.Braun--BVZ