Berliner Volks-Zeitung - Marchas em apoio aos palestinos reúnem centenas de milhares de pessoas na Europa

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Marchas em apoio aos palestinos reúnem centenas de milhares de pessoas na Europa

Marchas em apoio aos palestinos reúnem centenas de milhares de pessoas na Europa

Centenas de milhares de pessoas foram às ruas neste sábado em toda a Europa, para exigir o fim imediato do conflito na Faixa de Gaza e a libertação dos ativistas detidos a bordo de uma flotilha humanitária interceptada por Israel.

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Em Roma, a manifestação tomou as ruas pelo quarto dia consecutivo, após a interceptação da flotilha, nesta semana. Os organizadores anunciaram 1 milhão de manifestantes. A polícia italiana não divulgou uma estimativa de participação.

Em Barcelona, cerca de 70 mil manifestantes, segundo a polícia, percorreram a cidade em um clima de paz, em um dos protestos que ocorreram na Espanha. Já em Dublin, milhares de pessoas saíram em passeata no centro da capital para lembrar o que os organizadores chamaram de "dois anos de genocídio" na Faixa de Gaza.

Irlanda e Espanha estão entre os países europeus mais críticos da ofensiva militar israelense, lançada em resposta aos ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023.

Em Paris, onde se reuniram cerca de 10.000 pessoas, Helene Coron, porta-voz do contingente francês da Global Sumud, afirmou à multidão: "Não pararemos nunca!"

Na Itália, o governo de direita é alvo de críticas por falta de ação. A premier Giorgia Meloni acusou hoje os manifestantes de vandalizarem uma estátua do papa João Paulo II em frente à estação central de Roma: "Dizem se manifestar pela paz, mas insultam a memória de um homem que foi um verdadeiro defensor e construtor da paz."

"A política de Israel está errada há muitos anos, e temos que ir às ruas", disse à AFP a aposentada Marta Carranza, 65, que participou da manifestação em Barcelona.

- 'Acordando' -

Cerca de 50 espanhóis estão entre os integrantes da flotilha detidos em Israel, informou hoje o chanceler da Espanha, José Manuel Albares, em entrevista à TV pública. Os organizadores da flotilha descreveram a ação israelense como ilegal, e alegaram que os barcos navegavam em águas internacionais.

"Era de se esperar que viesse muita gente hoje, porque há muita mobilização, e as pessoas estão acordando", disse o professor de escola primária Jordi Bas, 40, que agitava uma bandeira palestina. "É a única coisa que pode dar à população palestina um pouco de ânimo, ver que o mundo inteiro se mobiliza em solidariedade."

Na Irlanda, os oradores pediram sanções contra Israel e o fim imediato do conflito. Também exigiram que os palestinos participem de um plano de cessar-fogo. "Qualquer plano elaborado sem a participação da liderança ou da população afetada deve ser questionado", disse o médico John-Paul Murphy, 37.

Em Londres, a polícia reportou 355 prisões durante uma concentração em apoio ao grupo proibido Ação Palestina. O primeiro-ministro Keir Starmer pediu o cancelamento dos protestos deste fim de semana, após um ataque sangrento a uma sinagoga na última quinta-feira.

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