Berliner Volks-Zeitung - Fundadora de start-up é condenada a 7 anos de prisão por fraude contra JPMorgan Chase

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Fundadora de start-up é condenada a 7 anos de prisão por fraude contra JPMorgan Chase
Fundadora de start-up é condenada a 7 anos de prisão por fraude contra JPMorgan Chase / foto: TIMOTHY A. CLARY - AFP

Fundadora de start-up é condenada a 7 anos de prisão por fraude contra JPMorgan Chase

Um juiz federal dos Estados Unidos condenou nesta segunda-feira (29) a fundadora de uma start-up tecnológica, Charlie Javice, a cerca de sete anos de prisão por fraude contra o banco JPMorgan Chase em um acordo de 175 milhões de dólares (931 milhões de reais).

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Javice, que em 2021 vendeu sua empresa online Frank ao gigante bancário, foi considerada culpada em março por um júri em Nova York de ter construído o negócio sobre milhões de usuários falsos.

O juiz distrital Alvin Hellerstein sentenciou a ex-empresária a 85 meses de prisão, segundo um porta-voz do Departamento de Justiça.

De acordo com a acusação, Javice contratou um cientista de dados externo para criar um "conjunto de dados artificiais" depois que um engenheiro da empresa se recusou a atender ao pedido, alegando preocupações legais.

A start-up Frank era apresentada como uma ferramenta para simplificar o processo de solicitação de ajuda financeira para o ensino superior nos Estados Unidos.

O JPMorgan se interessou pela plataforma como forma de aproximar seus serviços bancários de um público jovem.

Javice montou "um audacioso e multifacetado esquema criminoso" movido pela ganância, afirmou o promotor Micah Festa, que havia solicitado uma pena de 12 anos.

Embora o caso tenha exposto uma "diligência muito deficiente" por parte do JPMorgan, o juiz Hellerstein destacou que a conduta da ré merecia punição.

"Fraude continua sendo fraude, seja enganando alguém muito inteligente ou alguém ingênuo", disse.

O magistrado também ressaltou que Javice, de 33 anos, não tinha antecedentes criminais e possuía um histórico de "boas ações" em favor de organizações de caridade e de sua família.

Durante a audiência, a ex-empresária pediu desculpas ao JPMorgan, bem como a funcionários e investidores da Frank.

F.Weber--BVZ