

PlayStation aumenta seus preços nos Estados Unidos
A Sony anunciou, nesta quarta-feira (20), que o preço de seu console de videogames PlayStation 5 aumentará em 50 dólares (274 reais, na cotação atual) nos Estados Unidos, devido a um "ambiente econômico complexo".
As tarifas alfandegárias impostas pelo presidente americano, Donald Trump, elevaram o custo dos bens importados para o país, deixando empresas como a japonesa Sony decidir se repassam esse aumento aos consumidores.
"Semelhante ao que ocorre com muitos negócios globais, continuamos navegando em um ambiente econômico complexo", disse a vice-presidente de marketing global da Sony Interactive Entertainment, Isabelle Tomatis.
Inicialmente os Estados Unidos ameaçaram o Japão com a imposição de tarifas de 25%, mas por fim concordaram com uma taxação de 15%.
"Como resultado, tomamos a difícil decisão de aumentar o preço de varejo recomendado para os consoles PlayStation 5 nos Estados Unidos", afirmou a executiva.
Assim, o novo preço do PS5 será de 550 dólares (3.010 reais), com uma "Edição Digital" por 500 (2.736 reais) e uma versão "Pro" por 750 (4.104 reais), de acordo com Tomatis.
Em maio, a Sony advertiu que estava considerando ajustes de preços nos Estados Unidos ao estimar que as tarifas poderiam custar à companhia cerca de 680 milhões de dólares (3,72 bilhões de reais) no ano fiscal.
As empresas americanas também sentem os efeitos das novas tarifas. A gigante de cosméticos Estée Lauder estimou recentemente que o impacto seria de 100 milhões de dólares (547 milhões de reais) para o ano fiscal de 2026 e planeja ajustes de preços para mitigar o custo adicional.
Por sua vez, o gigante de lanches e refrigerantes PepsiCo pode subir seus preços em 10% para amenizar os efeitos das sobretaxas, em particular aquelas que incidem sobre o alumínio importado usado nas latas de suas bebidas, segundo a revista especializada Beverage Digest.
Enquanto isso, o fabricante de bebidas energéticas Monster Beverages avalia elevar seus preços devido a um "panorama aduaneiro complexo e dinâmico", de acordo com seu diretor executivo, Hilton Schlosberg.
L.Riedel--BVZ